Percentual de julho indica aumento de 3 pontos percentuais em relação a julho, aponta pesquisa da Abrasel
Campinas, 08 de setembro de 2025 – O setor de alimentação fora do lar começou o segundo semestre com boas notícias. Pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) mostra que 54% das empresas registraram lucro em julho, quatro pontos percentuais a mais que no mês anterior. O levantamento também aponta resultado acima da média nacional, na qual 44% das empresas ficaram no verde.
A pesquisa apontou que 27% das empresas registraram estabilidade e 18% informaram prejuízo, ante 22% no mês de julho, o que mostra uma melhora do setor.
Os dados acompanham o Índice Abrasel-Stone, que apontou crescimento de 0,4% nas vendas em julho, revertendo a retração de -3,7% registrada no mês anterior. A pesquisa da Abrasel deste mês também mostrou que, em comparação com junho, 46% dos empresários tiveram aumento no faturamento, enquanto 27% relataram queda e 26% mantiveram o nível de receita.
Segundo Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel, o bom desempenho é atribuído ao movimento gerado pelas férias escolares. “As férias de julho costumam trazer um tíquete médio mais elevado e um movimento acima da média nas cidades, especialmente as mais turísticas. É uma oportunidade que muitos empresários aproveitam para recuperar parte das perdas do primeiro semestre”, afirma Paulo Solmucci, presidente da Abrasel.
“A pesquisa de agosto mostra uma recuperação do setor de bares e restaurantes da região de Campinas, com elevação dos que registraram alta no faturamento e queda dos que operaram em prejuízo”, comentar André Mandetta, presidente da Abrasel Campinas. “Outro ponto relevante da pesquisa é que o desempenho positivo na região foi superior à média nacional”, acrescenta. “Isso é um reflexo da economia forte da região e do aumento de eventos, que eleva a demanda nos estabelecimentos, principalmente nos dias de semana”, complementa Mandetta.
Inflação e inadimplência ainda preocupam
Apesar da melhora nos resultados, a pesquisa mostra que os empresários seguem enfrentando dificuldades para repassar os custos ao consumidor. Nos últimos 12 meses, 33% dos estabelecimentos não conseguiram fazer nenhum reajuste nos preços, enquanto 61% reajustaram apenas conforme ou abaixo da inflação.
Em relação à inadimplência, 29% das empresas relataram ter pagamentos em atraso, percentual inferior a média nacional, de 35%. A maior parte das dívidas está concentrada em impostos federais (85%), impostos estaduais (48%) e encargos trabalhistas / previdenciários (37%). Mesmo assim, a projeção para o segundo semestre é positiva, com a expectativa de maior recuperação apoiada por datas estratégicas.
“Este segundo semestre começou melhor e ainda traz períodos que tradicionalmente impulsionam o movimento, como a Semana das Crianças, eventos regionais como rodeios e a Expoflora, aumento dos eventos corporativos, Natal e Réveillon, além do verão e das férias de fim de ano. Se o ambiente econômico se mantiver estável, temos confiança de que 2025 poderá encerrar com um desempenho superior do que o do ano passado”, conclui Mandetta.