quinta-feira , 16 outubro 2025
Lar Limeira BNDES aprova R$ 250 milhões para a Suzano restaurar 24 mil hectares de Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia
Limeira

BNDES aprova R$ 250 milhões para a Suzano restaurar 24 mil hectares de Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia

Maior projeto do Fundo Clima para florestas nativas, iniciativa viabilizará a recuperação de áreas degradadas em SP, ES, BA, MA, PA e MS

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 250 milhões à Suzano. Os recursos serão destinados à restauração ecológica de 24.304 hectares de áreas degradadas em regiões de preservação permanente e de reserva legal nos biomas Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia.

Trata-se do maior volume de recursos já aprovados com recursos do Fundo Clima para a recuperação de mata nativa degradada no Brasil. O termo de aprovação do financiamento foi entregue nesta sexta-feira, 10, pelo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, à vice-presidente executiva de Sustentabilidade, Comunicação e Marca da Suzano, Malu Paiva, durante o evento BNDES Florestas do Brasil por Todo o Planeta, realizado no teatro do BNDES, no Centro do Rio.

A restauração ecológica é um processo que visa à recuperação da funcionalidade e da biodiversidade de ecossistemas transformados por atividades humanas, o que inclui terras desprovidas de vegetação nativa desenvolvida, ou em estágio de conservação inadequado para a sustentabilidade da biodiversidade local.

“O BNDES tem articulado e impulsionado a restauração florestal como ferramenta crucial para combater a crise climática, reduzir emissões de gases de efeito estufa e promover o desenvolvimento sustentável, que é uma prioridade do governo do presidente Lula”, ressaltou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

As ações a serem implementadas pelo projeto contribuirão para a regularização ambiental de mais de 1000 imóveis rurais, distribuídos em seis estados: São Paulo, Bahia Espírito Santo, Maranhão, Pará e Mato Grosso do Sul. O projeto impulsiona um modelo de negócios emblemático no setor de florestas, tendo uma empresa de grande porte atuando como vetor de reflorestamento com espécies nativas para seus fornecedores, fortalecendo a cadeia produtiva e servindo de modelo para o setor e outras atividades econômicas.

Da área total a ser restaurada, 60% correspondem a imóveis de terceiros, parceiros da Suzano. A parceria entre o BNDES e a companhia contribuirá para a disseminação de boas práticas pela capacitação de proprietários e trabalhadores rurais das áreas arrendadas e adjacências em técnicas de restauração, além da geração de empregos diretos e indiretos durante as etapas de plantio, manutenção e monitoramento e na cadeia produtiva de insumos.

“O apoio do BNDES ao nosso programa de restauração reforça a importância de parcerias entre o setor público e privado para ampliar o alcance das soluções baseadas na natureza”, afirma Malu Paiva. “Esse financiamento contribuirá diretamente para o avanço de algumas metas assumidas pela Suzano, como conectar 500 mil hectares de vegetação nativa até 2030”.

Além da regularização ambiental das propriedades, a restauração das áreas degradadas proporcionará importantes serviços ecossistêmicos para as regiões, incluindo a recuperação da vegetação nativa, a redução de áreas com processos erosivos, a proteção de nascentes e recursos hídricos, o incremento da biodiversidade, a criação ou o restabelecimento de corredores ecológicos e a captura e fixação de carbono. Esses benefícios, além de estarem alinhados aos compromissos assumidos pela Suzano, contribuem com metas nacionais e internacionais de mitigação das mudanças climáticas. O processo de escolha das áreas onde ocorrerá a restauração leva em consideração a formação de corredores ecológicos e sua conexão com Unidades de Conservação.

O projeto prevê a utilização de metodologias diversas e adaptativas, combinando técnicas inovadoras, como semeadura com drones, com práticas consolidadas de restauração ambiental. A recuperação ocorrerá em áreas de solo exposto, pasto, vegetação secundária (área em processo natural de regeneração da vegetação nativa após supressão total ou parcial da vegetação original) e agricultura. Conforme o estágio de degradação, serão utilizadas as metodologias mais adequadas a cada caso, tais como remoção e controle de espécies exóticas, plantio de faixas de vegetação nativa, plantio total de mudas, isolamento da área ou semeadura direta.

Além das ações no campo, a Suzano investirá em pesquisa florestal e inovação, a fim de aumentar a produtividade e a resiliência das florestas plantadas, além de fortalecer a cadeia produtiva da restauração florestal. Ao final do projeto, estima-se que a vegetação das áreas restauradas capture da atmosfera aproximadamente 228 mil toneladas de CO2 equivalente por ano.

O evento BNDES Florestas do Brasil por Todo o Planeta reuniu agentes públicos e privados para discutir o papel da restauração e da bioeconomia no desenvolvimento do país — e foi palco do lançamento da plataforma BNDES Florestas que organizará e dará visibilidade às iniciativas do Banco no setor.

Texto: Agência BNDES de Notícias

Artigos relacionados

Com o apoio da Suzano, mais de 23 mil pessoas saíram da linha da pobreza em São Paulo

Companhia investiu R$ 28,6 milhões apenas em 2024 em iniciativas sociais que...

Suzano identifica novos grupos de mico-leão-preto e reforça ações pela biodiversidade

Empresa destaca avanços no uso de tecnologia para proteger espécies ameaçadas e...

Jovens descobrem novos caminhos por meio da leitura em projeto apoiado pela Suzano

 iniciativa Clube de Leitura 2.0 é desenvolvida pelo Observatório do Livro e...

Suzano amplia monitoramento ambiental em São Paulo e reforça combate a incêndios florestais

Companhia contribui com a proteção de mais de 300 mil hectares de...